Rexona derrota Volero em jogo equilibrado no Mundial de clubes
- Melhor do Vôlei/Saque viagem
- 7 de mai. de 2015
- 3 min de leitura

Rabadzhieva tem 1,94m. É a “baixinha” do trio de atacantes do Volero Zurich-SUI, que tem Rykhliuk e Mammadova com 1,96m. No Rexona-Ades, nenhuma jogadora ultrapassa 1,90m. A diferença de altura até poderia sugerir um favoritismo das suíças sobre as brasileiras, no confronto desta quinta-feira (7), pelo segundo dia de disputas do Mundial de Clubes. Não foi o que aconteceu.
Em sua primeira partida após a conquista da Superliga feminina de vôlei, o Rexona-AdeS mostrou que tem condições de conquistar o sonhado título mundial. Estreando na competição suíça contra o Volero Zurich, a equipe carioca venceu por 3 sets a 1, parciais de 30-28, 25-22, 33-35 e 25-22.
Com 19 pontos, a ponteira Gabi foi quem mais pontuou para o time comandado por Bernardinho (19 vezes), seguida porRegiane (17). Do outro lado da quadra, Olesia Rykhliukincomodou bastante, colocando 28 bolas no chão, enquantoDobriana Rabadzhieva foi a responsável por 17 acertos.
Além da frieza nos momentos decisivos, pesou a favor do Rio a boa atuação da jovem Drussyla, que substituiu Natália a partir do terceiro set e conseguiu o ponto que encerrou o jogo. A atleta de 19 anos fez nove pontos nos poucos minutos que permaneceu em quadra.
Apesar dos três pontos conquistados, nem tudo funcionou como deveria no Rexona. Na terceira parcial, por exemplo, a equipe desperdiçou quatro match points. Já no último set, por pouco o time não se complicou após permitir a chegada das rivais depois de ter aberto 15 a 12.
O Rexona agora buscará confirmar sua classificação nesta sexta-feira (8), quando encara o Mirador, da República Dominicana, às 12h30 (horário de Brasília). Comandado pelo técnico brasileiro Marcos Kwiek, o time da América Central perdeu para o Volero em sua estreia.
O Rexona não se sentiu intimidado por ser estreia e logo mostrou às donas da casa que não seria fácil. O bloqueio carioca apareceu bem no começo do primeiro set e possibilitou que o time abrisse 7 a 12. Aos poucos, porém, o Volero cresceu e passou a pressionar as cariocas. No duelo de gato e rato, o sexteto de azul deu a pinta que chegaria com facilidade aos 25 pontos. Mas, a partir de um erro de Jucy no saque, as suíças se ajustaram e empataram em 23. Ficou ainda mais difícil com os bloqueios tomados por Natália. Em um final eletrizante, o Rexona se recuperou para fechar,
Cheio de moral, o time de Bernardinho abriu com vantagem o segundo set. E graças aos saques venenosos de Natália. O placar foi o bastante para as cariocas ditarem o ritmo da disputa. Do outro lado, Mammadova subiu de rendimento e passou a incomodar as brasileiras, que jogaram na liderança até o 17º tento. Rabadzhieva, porém, bateu firme para colocar o Volero à frente pela primeira vez (20/19). Na reta decisiva, no entanto, o jogo veloz do Rexona, com Carol e Jucy pelo meio, se sobressaiu diante dos bolões do Volero. Resultado: 2 a 0 para o Rexona.
Para o Volero, era vencer o terceiro set ou tomar 3 a 0. Pelo menos nas primeiras bolas, a vontade foi de cumprir o primeiro objetivo. O início melhor das suíças foi o suficiente para Bernardinho chamar o grupo antes da primeira parada obrigatória. As cariocas até melhoraram, mas não a ponto de tirarem as adversárias da liderança. Para dar uma mexida, Bernardinho tirou Natália (Drussyla), após um erro de ataque, e apostou também na inversão do 5-1 com Roberta e Andréia. O trio se saiu bem, mas o Volero foi ainda melhor para diminuir a diferença para 2 a 1.
Bernardinho gostou do trabalho de Drussyla e colocou a jovem ponteira para iniciar o quarto set. Cheia de personalidade, a camisa 17 não se intimidou diante das gigantes do Volero. O Rexona também não se abalou com a derrota na parcial anterior e foi para cima. Fabi, no fundo, pegou quase tudo. Drussyla fez sua parte na rede e não permitiu que o treinador se arrependesse da aposta. Para completar a sintonia, o bloqueio tirou do sério Mammadova, Rabadzhieva e Rykhliuk. O fundamento fez a diferença para a arrancada final das vitoriosas.
Commentaires